5 “Erros” que você pode estar cometendo como desenvolvedor

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Eu aprendi a desenvolver webistes e sistemas com cursos online há uns bons anos, mas só há relativamente pouco tempo que descobri que fazia um monte de coisa “errada”.

Trago a palavra “erro” aqui não tão fortemente, pois você conseguir fazer as coisas funcionarem já é sensacional. No entanto, sempre há maneiras de desenvolver melhor e nos preparar para sermos mais efetivos.

Nesse artigo eu quero te apresentar 5 ações que, por mais que me ajudaram no início, me bloquearam no meu desenvolvimento depois.

Se você quer saber como se tornar um desenvolvedor, já deixo o link para meu guia de como se tornar um desenvolvedor web.

Depender do jQuery ou outros frameworks

Quando comecei a desenvolver sites, era jQuery pra lá e pra cá. Parecia que o padrão de construção de um site sempre começava com o html e a chamada do jQuery.

Essa biblioteca de JavaScript, que provavelmente você já é familiarizado ou no mínimo ouviu falar, ainda é muito utilizada em milhares de sites. E por uma razão bem simples:

Ela facilita o a manipulação do DOM absurdamente.

É muito mais fácil fazer qualquer coisa no JavaScript com jQuery do que usando JS simplesmente. E por mais que isso seja bom, acaba que se você tem sua introdução no JavaScript junto com o jQuery, acaba que deixa de aprender a usar o JS de verdade.

Atualmente, com o aumento do uso de bibliotecas como React, Vue e Angular, acaba que o jQuery ganhou finalmente competição uma vez que é bastante simples realizar várias ações básicas com essas outras bibliotecas assim como no jQuery e elas ainda adicionam várias funcionalidades incriveis para aplicações modernas.

No entanto, esses frameworks também funcionam como uma camada facilitadora da linguagem e de seu uso. Se aprendemos apenas o uso do JS em uma dessas bibliotecas, no fundo não estamos compreendendo o que está acontecendo por trás e sim decoramos como realizar pequenas ações mais padronizadas.

Se aprofundamos no JavaScript puro primeiro, temos muito mais facilidade de migrar de frameworks, criar aplicações mais bem estruturadas e também ter menos erros em nossos sites.

Eu demorei muito para enfrentar o aprendizado do JavaScript mais profundamente pois dependia completamente do jQuery.

Minha recomendação é que você primeiro se familiarize com JavaScript puro e depois avance para outras bibliotecas que facilitam a vida.

Depender do Bootstrap ou outros frameworks de CSS

Assim como para JavaScript usamos o jQuery ou outros frameworks para facilitar a vida, no campo do CSS também fazemos a mesma coisa com o Bootstrap, Bulma ou Foundation.

Eles são facilitadores para criar layouts bonitos e responsivos. Trazem várias classes já prontas e basta decorarmos elas para poder criar vários tipos de efeitos que no fundo podem ser até bastante complexos.

Naturalmente, o uso desse tipo de ferramenta antes de compreender e estudar como o CSS funciona traz os mesmos desafios para nossa compreensão de como sites funcionam. Mas mais do que isso, eles vem acompanhados de muitas coisas ‘inúteis’ que não usamos em nossos sistemas e acabam aumentando o tamanho dos sites.

Há um tempo, criar o Grid dos sites – suas estruturas – era bem chato. Tínhamos que lidar com float e outros recursos que não são tão previsíveis e fáceis de se lidar. Por isso, esses frameworks também ficaram tão populares.

Atualmente, com o uso de Flexbox e, em especial, Grid é possível criar essas estruturas muito mais facilmente direto com o CSS.

Minha recomendação, no entanto, é similar à do jQuery: Aprenda CSS em maior profundidade antes de começar a somente usar facilitadores e bibliotecas com o Bootstrap.

Isso vai te ajudar muito tanto para resolver eventuais problemas quanto para criar layouts mais complexos que não são possíveis somente com os frameworks.

Não usar HTML semântico

HTML5 já está entre nós há um booom tempo e ainda assim é muito comum ver o código de novos sites sendo criados praticamente com <div> e <span> para montar seus sites.

O uso de HTML semântico é algo que ajuda imensamente a acessibilidade do seu site e também a leitura para SEO.

Minha recomendação é realmente passar a sempre se questionar se o elemento de HTML que está usando é o correto e buscar descobrir as dezenas de elementos disponíveis.

Não criar sites responsivos

Talvez por estar em uma bolha, eu achava que todos os sites já estavam sendo criados pensando em aparelhos móveis em primeiro lugar. Mas infelizmente não é assim.

Há ainda muita criação de sites que até são bonitos e interessantes no desktop mas basta diminuir um pouquinho o tamanho da tela que as coisas passam a ficar estranhas.

Em especial, quando trabalho com designers de agências de marketing costumo receber sempre o layout dos sites somente do desktop e a maior parte dos clientes só olham também como ele aparece quando visto por telas grandes.

Sendo que bem provavelmente mais do que 70% do tráfego no site deles (para não dizer 90% em alguns casos) virá de aparelhos móveis.

Minha recomendação é sempre iniciar o pensamento de um site pelas telas menores e adaptá-lo para as telas grandes em seguida. Digo isso pois será mais fácil e você estará otimizando a quantidade de conteúdo, efeitos visuais e recursos para aquele tipo de tela que será, de fato, mais vista.

Conclusão

Há várias maneiras de melhorarmos como desenvolvedores web e querendo ou não também continuaremos fazendo vários “erros”.

O importante é sempre buscarmos entender o que podemos melhorar e colocar o tempo de estudo e prática necessários para o desenvolvimento.

Nossa indústria muda muito rapidamente e a cada ano são novas recomendações, novas bibliotecas e novas linguagens. Ter um conhecimento mais profundo das tecnologias por trás vai ajudar muito.

Me inspirei nesse artigo em Inglês para a criação deste.

Divirta-se!

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André Lug

Apaixonado por design e desenvolvimento de websites. De vez em quando gosta de escrever sobre produtividade, como é ser um freelancer e algumas reflexões da vida.