Para você que está um pouco mais curioso(a) ou interessado(a) em entender como a internet funciona, essa parte aqui vai ser bem legal.
Não surpreendentemente, a internet é uma rede de computadores. Várias máquinas conectadas umas às outras formando um emaranhado de complexo que dá até um pouco de preguiça de entender de verdade.
Para simplificar:
Seu computador está conectado com a internet através de conexões sem fio e cabos. Essa conexão passa por vários intermediários até chegar aonde você deseja.
A lógica é similar aos nossos próprios endereços físicos. Mas no caso da internet, identificamos a locallização de uma máquina através de um endereço de IP.
Ele se parece com isso:
172.217.9.78 - IP da Google
Se você colocar esse número acima no seu navegador, vai acessar o Google.
Contudo, até você chegar no endereço, você vai passar por provedores de acesso, serviço, backbones e, dependendo da conexão, outros. Cada intermediário vai validar alguma parte da sua requisição, que é, simplificadamente, como chamamos o ato de fazer qualquer ação na internet.
“Ah, mas eu uso P2P, VoIP, torrent, etc”
Bacana, o caminho é um pouco diferente pois esses tipos de conexões são mais diretas – p2p, peer to peer ou ponto a ponto.
Como você vai criar um site, vamos ver como ele vai aparecer no navegador.
1 – Como o site aparece no navegador?
Tudo começa com um nome do domínio. Domínio é o endereço mais fácil de se escrever que você escolhe para ser o nome do seu site.
O domínio da Iglu é: igluonline.com
O domínio da Google é: google.com
Se não tivesse o domínio teríamos que decorar os números de ip dos sites que queremos acessar. Isso não seria tão bacana ne?
Quando você digita o endereço (domínio) na barra do seu navegador, você está fazendo uma requisição para buscar as informações desse site.
Sua requisição, que nesse caso é uma requisição HTTP (abaixo um pouco mais sobre o http), vai até seu provedor de internet. Imagina a requisição falando:
Requisição: “Oi provedor, blz? Tô querendo acessar esse domínio aqui: igluonline.com”
Provedor: “Huuum, é uma requisição válida. Deixa eu ver se eu tenho guardado aqui esse IP no meu histórico. Nope. Vai por aqui para descobrir qual o endereço ip dela”.
Aí sua requição chega em uma das diversas máquinas de DNS espalhadas pelo mundo, que são servidores que armazenam as localizações dos IPs.
Requisição: “Fala DNS, blz? Tô querendo acessar esse domínio aqui: igluonline.com”
Servidor DNS: “Huuum, ta com cara de ser uma requisição válida. Deixa eu achar aqui o IP. Achei, é esse: 18.228.47.60.”
Aí sua requisição, que agora sabe o endereço, vai bater na porta do servidor que está no endereço.
Requisição: “Ô de casa! Blz? To querendo essa página aqui ó: igluonline.com”
Servidor da iglu: “Opa! Tranquilo, mas pra começar essa relação aqui a gente precisa cumprimentar primeiro. (Handshake). Agora que já estamos conectados, vou buscar a página.”
O servidor, então, vai ver se a página já está disponível ou se precisa que algum código rode para criá-la.
Assim que a página está pronta, ela envia de volta pela conexão.
Na hora que a página chega no navegador, ele vai validar aquele código que foi enviado, incluindo questões de segurança, e se estiver tudo ok começará a mostrar ela.
2 – O que é HTTP?
As requisições HTTP, que demonstrei acima de forma simples o processo, contém várias informações interessantes.
Para começar, quando você faz uma requisição você está enviando dados da sua localização (IP), aparelho que está usando, tamanho da sua tela e muitas outras informações.
Contudo, a informação mais importante é qual recurso você deseja acessar. Se é uma página, uma imagem, um arquivo, etc.
O servidor que recebe essa requisição, por sua vez, vai utilizar das informações enviadas para montar sua própria requisição e te enviar as informações pedidas.
Pode ser que você pediu algo que não existe. Aí o servidor te manda um erro – o famoso 404 que às vezes encontramos.
Pode ser que “não tem ninguém em casa”, ou seja, o servidor está desligado ou com problemas. Aí é enviado outro erro – o 500.
3 – O que é o código?
Quando uma requisição chega no servidor, por exemplo de uma página, ele precisa entender o que é preciso fazer para enviar essa página.
Dependendo, a página já existe prontinha e é só mandar o arquivo dela. Outras vezes a página tem que ser construída utilizando informações de um banco de dados.
O código é o que determina essa lógica de ações e de reações.
Qualquer código, no final das contas, é uma sequência de direcionamentos para a máquina executar. Existem diversas linguages de programação e formas de fazer isso, mas é algo mais complicado.
Se quiser se aprofundar nessa parte, sugiro nosso guia completo para desenvolvedores web.
No caso da web, temos duas partes de códigos:
- Front-end
- Back-end
O Front-end é o código que é enviado na requisição de volta do servidor para seu navegador. É o código que representa e monta o layout e as funcionalidades que você vê na sua tela.
Já o Back-end é o código que fica lá no servidor e vai determinado quais são as ações necessárias para serem tomadas em cada requisição.
Conclusão
Esse foi um artigo com a intenção de explicar como a internet funciona para aquelas pessoas que não tem muito conhecimento técnico.
Entendo que é bem simplificado, mas como você – provavelmente – está no caminho do nosso guia completo de como criar um site então essa já é uma introdução bem bacana.
Se você não conhece nosso de guia de como criar um site, então chega mais que esse artigo é só um pedacinho desse guia.
Divirta-se!